segunda-feira, 4 de julho de 2011

Graham Bell e o telefone

Alexander Graham Bell nasceu em Edimburgo, na Escócia. Sua família tinha tradição na correção da fala e no treinamento de portadores de deficiência auditiva. O avô, Alexander Bell, ex-sapateiro, era professor de elocução e foniatria no teatro. Sua mãe, Eliza Grace Symonds, havia ficado surda muito jovem.
Aos 14 anos, Alexander Graham Bell e seus irmãos construíram uma reprodução do aparelho fonador. Numa caveira, montaram um tubo, com "cordas vocálicas", palato, língua, dentes e lábios. Com um fole, sopravam a traquéia e a caveira balbuciava "ma-ma", imitando uma criança.
Graham Bell passou por três universidades: em Edimburgo, depois em Londres e, por fim, em Würzburg, na Alemanha, onde se formou em medicina. Aos 21 anos tornou-se assistente do pai, em Londres.
Bell teve oportunidade de ver a invenção do professor alemão Philip Reis, que havia juntado dois pedacinhos de madeira e aço, conseguindo construir um estranho aparelho capaz de transmitir sons, batizado como telefone. Ao vê-lo, Bell achou que a eletricidade poderia aperfeiçoá-lo e teve a idéia de construir um aparelho capaz de transmitir notas musicais à distância usando eletricidade.
Durante os anos de 1873 e 1874, Bell fez experimentos. Se fosse possível transmitir um conjunto de notas musicais, seria possível também transmitir a voz humana. Por outro lado, a transmissão de diferentes notas musicais poderia ser utilizada para enviar muitas mensagens telegráficas simultaneamente pelo mesmo fio. Bell falava sobre suas idéias e experimentos, e Sanders e Hubbard ficaram interessados no projeto do "telégrafo harmônico" ou telégrafo musical. Hubbard investigou, junto ao Escritório de Patentes e não havia nenhum registro.
Enquanto Bell estava trabalhando, derrubou uma pilha e os ácidos corrosivos caíram sobre a mesa e em suas roupas. Bell gritou: "Sr. Watson, venha cá, preciso do senhor!" Watson ouviu a mensagem pelo telefone, e foi até ele. Bell estava com 29 anos e tinha, afinal, inventado o telefone. Bell sabia que havia urgência em patentear seu invento e entregou o pedido no Escritório de Patentes no dia 14 de fevereiro de 1876, apenas duas horas antes de que o mesmo fosse feito por Elisha Gray.

Logo o telefone sofreu notáveis melhoramentos e difundiu-se com rapidez. Bell poderia ter enriquecido, mas não se sentia seduzido pelos negócios e preferiu deixá-los em mãos dos sócios, seu assistente Watson, o sogro Hubbard e Thomas Sanders. O inventor continuou a se ocupar com a instrução dos surdos-mudos e dedicar-se a novas experiências.

Dedicou-se ao estudo da nutrição e do nascimento de carneiros, esforçou-se para fazer com que animais aprendessem a emitir sons humanos, e realizou experiências com pipas, erguendo um homem à altura de cem metros. Seus estudos mais profundos foram dedicados à acústica. Conseguiu construir um aparelho capaz de desenhar a forma das ondas acústicas correspondentes aos vários sons e conseguiu modular um feixe luminoso por meio da voz.

Apesar de todo o sucesso, o telefone o perturbava. Mantinha o seu aparelho envolto em papel e nunca o usava. Em 1915, foi inaugurada a primeira linha transcontinental norte-americana. Convidado à inauguração, Bell conseguiu que, na outra extremidade da linha, ficasse seu assistente Watson.

Quando morreu em sua casa de Baddeck, no Canadá (na condição de cidadão dos EUA), todos os telefones dos Estados Unidos, em sinal de luto, foram silenciados por um minuto, numa última homenagem ao homem que havia dado ao mundo um dos mais eficientes meios de comunicação


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